O ministério iraniano da Cultura decidiu adotar medidas contra o rap produzido e interpretado no país, já que alguns artistas utilizam termos considerados "obscenos" e deverão ser interrogados ou privados de sua atividade, informou a agência oficial Irna.
"Não há nada ruim nesta música em si, mas devido ao uso de termos obscenos por seus cantores foi qualificada de ilegal", declarou o diretor de avaliação musical do ministério da Cultura e de conduta islâmica, Mohammad Dashtgoli.
"Em coordenação com a polícia, os estúdios ilegais que produzem este tipo de música serão fechados e os cantores serão interrogados", explicou.
Segundo Dashtgoli, a maioria dos rappers que tiveram suas atividades tachadas de ilegais já foram identificados, mas muitos deles conseguem divulgar suas músicas pela internet.
A república islâmica já criticou no passado a música ocidental, que qualifica de "decadente" e que mina, segundo as autoridades de Teerã, os valores do regime.
O rap iraniano é muito popular entre os jovens da capital porque as músicas abordam questões sociais, políticas e sexuais de forma direta.
Qualquer produção musical ou organização de shows precisa de uma autorização prévia do ministério da Cultura. Por isto, o mercado negro é cada vez mais abundante. A diáspora iraniana também contribui para isto com álbunes de rap em persa desde os Estados Unidos.
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