28 de julho de 2012

Jerusalem 2 x 1 EC Favela

O esporte clube Favela foi jogar em São Bernardo do Campo contra o time do Jerusalem, e apesar de desfalques na zaga e no meio de campo, o time iniciou bem a partida, e teve várias oportunidades de gols perdidas.

O Time que foi a campo com: Ilton, Jefferson, Nisio, Farinha, Call, Ney, Toquinho, Beiço, Lango, Rodrigo e Flavio. No banco de reservas Rafael, Talison, Willian e Novato Perdeu o jogo por 2x1.

O gol do Favela foi marcado de penalt por Beiço no segundo tempo.

21 de julho de 2012

Favela 0 x 0 Vila Livieiro

O Esporte Clube Favela só ficou no empate jogando contra o time Vila Livieiro no campo do Cruzeirinho.
O Time foi a campo com
  1. Nego
  2. Nisio
  3. Farinha
  4. Ronaldo
  5. Call
  6. Jefferson
  7. Rafael
  8. Ney
  9. Flavio
  10. Beiço
  11. Toquinho
  12. Zaga Novo
  13. Binho
  14. Rodrigo
Talisson / Terno

O Favela foi superior o tempo todo, mas não conseguiu marcar, e ainda teve um Penalte não marcado a seu favor e um jogador expulso no inicio do segundo tempo.

16 de julho de 2012

Esporte Clube Favela por Dinha

por Dinha - 12/10/2010
Parque Bristol | SP

Como tudo começou
O Esporte Clube Favela foi criado em abril de 2003 por um grupo de moradores do Parque Bristol que, às sextas-feiras, gostava de se reunir para disputar um bom “rachão”. Com seu uniforme estiloso, o time pode até não acumular tantos troféus, mas, curiosamente, vendeu milhares de camisas.

Em 7 anos, o número de peças vendidas (sem levar em conta os conjuntos de agasalhos e acessórios), chega ao invejado número de 3.836. A média de 548 camisas por ano, ao preço médio de R$40,00, parece uma façanha incomum em se tratando de um pequeno time de várzea, e não de uma loja de roupas.

As primeiras 30 camisas foram lançadas em 2003. Durante a festa de aniversário de um ano do time, em 2004, foi lançado o segundo modelo de uniforme, junto com novas camisas de torcida. Com esse novo modelo, o time atingiu a marca de mil camisas vendidas . A partir daí, a marca “Favela” – ainda sem registro oficial – começou a se espalhar não apenas no bairro, mas também em outras cidades, estados e até outros países, como Itália, EUA e Uruguai.

O preço das camisas é condizente com a boa qualidade do produto. As roupas do Favela costumam durar anos e, sob encomenda, ainda vêm personalizadas, com o nome do comprador impresso, ao gosto do freguês.

Pensando no público que não pode pagar por uma camisa deste preço, ainda que seja o de custo, em 2005 foi lançada uma nova leva. Esta última mantinha as cores e procurava manter a qualidade da roupa, mas modificava o tipo de tecido – o que barateou os custos. De lá para cá, vários outros modelos foram lançados, todos com bastante aceitação, bastante sucesso. Para 2010, está previsto ainda o lançamento de um modelo infantil e outro exclusivamente feminino.

Três razões para o sucesso
De acordo com Maciel Mota de Almeida, o Terno, 33 anos, integrante do grupo de rap Pânico Brutal e presidente do Favela, o sucesso na venda das camisas se deve a vários fatores. Em primeiro lugar, a questão estética: são camisas bonitas e de boa qualidade. Além disso, foram pensadas, estrategicamente, para agradar ao público periférico.

Assim, a escolha dos modelos não é feita aleatoriamente e todos os membros do time, e até mesmo da torcida, participam da sua criação. As pessoas opinam sobre a disposição das cores (preto, laranja e branco), sobre qual o melhor tecido, o mascote da vez, etc. A escolha do símbolo, por exemplo – bem simples, para que qualquer um possa reproduzi-lo – e o lema do time (futebol, rap e samba), também é obra coletiva. E nem é por acaso também que o time se chama Favela, já que todos os seus jogadores moram no complexo de favelas que compõem a geografia do Parque Bristol e arredores.

O segundo grande motivo para que tantas pessoas, literalmente, vistam a camisa do Favela é o fato de a equipe ser bem vista pela torcida e pelas outras pessoas em geral. Isso porque, afirma Terno, o elenco é simpático, o time tem uma política interna pacificadora e joga bem, apesar de viver tempos de “vacas magras, de vez em quando”. Mas este não parece ser o caso atual, pois, até agosto, o time havia perdido apenas 5 dos cerca de 20 jogos disputados em 2010.

Uma terceira e forte razão para a boa saída das vestimentas com o nome do time parece ser o “detalhe solidário”. As roupas são vendidas a preço de custo. Não há lucro decorrente deste incipiente comércio.

“O lucro vem em forma de marketing”, diz Terno. “Quem banca o time é a diretoria. Nem mensalidade nós cobramos. Quando precisamos de mais dinheiro do que diretoria pode bancar, fazemos bingo, rifas e excursões”.

Orgulho
Mas se o preço, a simpatia dos jogadores e o fato de serem criadas intencionalmente para agradar a periferia, explicam o sucesso nas vendas, nada disso explica a coragem de tantas pessoas em usar uma vestimenta que as ligue à classe mais pobre, mais marginalizada e menos valorizada da nossa sociedade.

Isso faz crer que talvez o motivo maior desse pequeno fenômeno de venda esteja relacionado ao orgulho de pertencer a uma classe, a um time de gente que, apesar das péssimas condições de vida, encontra na auto-organização, no apoio mútuo, a força para prosseguir de domingo a domingo, jogo após jogo, em busca de vitória e melhores dias.

Unidos pela Força da Amizade – UFA!
“Ei, você aí!
Não adianta nem brigar
Que a UFA vai correr.
UFA!”

O grito de guerra sela o acordo e reforça, com humor, uma das características mais importantes e prezadas pelo time e pela torcida organizada do Esporte Clube Favela (a Unidos pela Força da Amizade – UFA): a união para o bem comum, a proibição de brigas e confusões de todo tipo, o colocar em jogo a paz, só para tê-la como troféu no final de cada jogo, regado a rap, samba, refrigerante e cerveja, para quem goste.

Nem todos os que querem podem pertencer à UFA. Já havia sido assim com a primeira leva de camisas do time: As 30 primeiras foram vendidas apenas a poucos amigos e familiares, para evitar que o nome do time fosse identificado com a criminalidade e causasse problemas aos jogadores. Assim, quem não jogasse de acordo com as regras era expulso do time. No caso dos torcedores, estes eram impedidos de comprar a camisa. Hoje, qualquer um já pode comprá-la pronta ou encomendar a sua, mas, com a UFA, ainda valem as regras antigas. “É uma questão de segurança para os jogadores e torcedores”, afirma Terno.

Além do futebol
A auto-organização para fins diversos, inclusive o lazer, não é novidade em lugar nenhum, e muito menos nas periferias das grandes cidades brasileiras. São testemunhas disso o sem número de grupos musicais de todos os ritmos, os grupos de teatro amador, de dança, as crews, as posses, os núcleos culturais e políticos, as associações de moradores e os muitos e diversos movimentos populares que pululam em quase todos os lugares onde o Estado particularmente deixa suas lacunas.

Os times de várzea, assim como tantos outros movimentos populares, preenchem algumas desta lacunas. Eles alimentam, em milhões de meninos, o sonho de ser um grande atleta e funcionam, na prática, como uma verdadeira escola onde se pode aprender e treinar as habilidades necessárias para “correr atrás” dos seus sonhos. Além do que, funcionam como válvula de escape para pais de família que preferem protagonizar o jogo, ainda que como torcida, ao invés de apenas figurar como (tele)expectador.

Por fim, embora na maioria dos casos os times de várzea careçam de formação e objetivos políticos transformadores, eles oferecem algum paliativo neste horizonte com pouca notícia da revolução.

O Favela, por exemplo, além do "futebol, rap e samba", que compõem o seu lema, tem a pretensão de ser um agente e um espaço de valorização da periferia e de suas manifestações culturais. Assim, além do futebol e da confraternização (com rap, samba, cerveja e refrigerante) semanal, o time promove ainda excursões (que promovem o lazer e, de quebra, ainda reforçam o caixa do time) e mantém uma "bateria" que, em breve, deverá se tornar bloco carnavalesco. O Favela promove ainda, em determinadas épocas do ano, bailes de rua onde podem se apresentar os músicos do bairro.

Perguntado se o Favela vai se tornar grife, Terno responde que sim, que este é um desejo que está no horizonte do time, assim como pretendem conquistar um patrocinador que não queira mudar o caráter do clube. Mas essas coisas, segundo ele, não são o principal. O principal já está acontecendo. O time se mantém em campo. A favela está na área.

5 de julho de 2012

O Esporte Clube Favela jogara neste Domingo em casa.


Sempre jogando em campo do adversário, o EC Favela enfrentará neste domingo as 14 horas na Praça de Esporte Pereirão no Parque Bristol o time dos Netos de Messias.

A torcida terá a oportunidade de acompanhar de perto este time formado por guerreiros natos, que se desdobram em campo para honrar a camisa deste time que tem mas de 3 Mil camisas espalhadas Brasil a fora.

Compareça a nossa Praça de Esportes Pereirão para assistir o jogo

FAVELA X NETOS DE MESSIAS

Data:08/07

Hora: 14:00

Local: PQ Bristol Praça de Esportes Pereirão